QUEM FINANCIA O ABORTO CLANDESTINO NO BRASIL
PRESIDENTE LULA, DESISTA DE LEGALIZAR O ABORTO !
Não ao PL 1135/91 que libera o Aborto no Brasil
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Repare a pergunta: não é quem financia a legalização do aborto no Brasil, mas quem, com a conivência do governo federal, está financiando a prática do aborto clandestino.
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Está novamente para ser votado na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados em Brasília um projeto de lei que tramita sob o nome de PL 1135/91. De autoria do governo Lula, o projeto pretende legalizar no Brasil o aborto, por qualquer motivo, durante todos os nove meses da gravidez.
O projeto, que pretende legalizar o aborto de modo a transformá-lo em um direito e torná-lo totalmente livre para qualquer caso durante todos os nove meses da gravidez, foi elaborado pela Comissão Tripartite organizada pelo governo do presidente Lula na primeira metade do ano de 2005. Por cusa da pressão da sociedade brasileira que se posicionou contra ao mesmo, o projeto não conseguiu ser votado em 2005, foi desarquivado no início de 2007 a pedido do deputado José Genoíno e será votado nas próximas semanas no Congresso Nacional.
No dia 27 de junho de 2007 foi realizada na Câmara dos Deputados uma audiência pública sobre o PL 1135/91 na qual
foram ouvidos duas autoridades a favor da vida e duas autoridades a favor do aborto. O resultado foi vergonhoso para os que tentaram defender o aborto mas, como sempre, nada foi publicado pela imprensa. A favor do aborto estavam a ex-deputada Jandira Feghali, relatora anterior do projeto em discussão que pretende legalizar o aborto durante todos os nove meses da gravidez até o momento do parto, e o Dr. Adson França, falando em nome do Ministro da Saúde. A favor da vida estavam a Dra. Zilda Arns, médica pediatra, ex-candidata ao prêmio Nobel da Paz pelo seu trabalho junto à Pastoral da Criança, e a Dra. Marli Virgínia Nóbrega, médica obstetra na rede pública de Brasília.
Contestando o Ministro da Saúde, que afirma que o problema do aborto é um problema de saúde pública, a Dra. Marli denunciou que a imposição do aborto é na realidade uma questão de controle demográfico que está sendo planejado por organizações externas ao Brasil. Após mostrar em um gráfico as projeções populacionais da ONU para o ano de 2300, uma das quais prevê uma redução populacional de 6 bilhões de habitantes para apenas 2 bilhões, o que não poderia supor-se que se daria espontaneamente, sendo uma projeção que pressupõe um trabalho de implantação do aborto e do controle da natalidade, a Dra. Marli afirmou que a pressão para a legalização do aborto existe por causa de "ações que tem origens principalmente externas ao Brasil que visam a redução da população brasileira independentemente da opinião pública do Brasil e dos deputados que estarão votando as leis. Trata-se de uma imposição externa de políticas de controle populacional sobre uma população que é contrária à sua prática. Não é, de modo algum, planejamento familiar, [nem uma questão de
saúde pública]. Os organismos que estão trabalhando internacionalmente pela aprovação do aborto são as fundações [que
planejam e financiam as ações] e as organização não governamentais [que as executam] e que promovem tudo isto com enormes somas de dinheiro, como as Fundações Ford e Rockefeller entre as fundações e a Rede Feminista de Direitos Sexuais e Reprodutivos, a Benfam e o IPAS, entre as ONGs".
A Dra. Marli acrescentou que deseja-se legalizar o aborto para acabar com o aborto clandestino, que seria a causa das mortes maternas que supostamente querem ser diminuídas. "Mas quais são as causas do aborto clandestino no Brasil?", perguntou a Dra. Marli. "Quando estudamos a documentação referente a este assunto", continuou a médica, "verificamos que as instituições que trabalham em favor da legalização do aborto são as mesmas instituições que financiam as clínicas de abortos clandestinos. Primeiro elas financiam a implantação das clínicas. Depois querem legalizar o aborto para acabar com o problema que elas próprias criaram. Isto não é direito reprodutivo!".
Durante o debate que se seguiu entre parlamentares e expositores, a deputada Cida Diogo, que vota a favor da legalização do aborto, afirmou "suspeitar das afirmações de financiamento externo que estão sendo ouvidas no plenário".
"Eu sou médica", afirmou a deputada, "fui deputada estadual por dois mandatos e agora deputada federal e em nenhum momento recebi financiamento nem dinheiro de organizações internacionais para defender o direito das mulheres. Acho um absurdo alguém fazer insinuações deste nível, sugerindo que um debate como este esteja sendo financiado por interesses escusos que não o da saúde das mulheres".
O áudio das conferências e debates da audiência pública do dia 27 de junho de 2007 pode ser ouvido abrindo o site
http://imagem.camara.gov.br/internet/audio/ ou os arquivos de som das duas conferências acima mencionadas podem ser
baixados diretamente destes endereços:
Dra. Zilda Arns:
http://imagem.camara.gov.br/internet/audio/mp3/T00010167p18p18183752.mp3
Dra. Marli Virgínia:
http://imagem.camara.gov.br/internet/audio/mp3/T00010167p45p45183920.mp3
O financiamento que a deputada Cida Diogo, por um lamentável e total desconhecimento dos fatos reais ou talvez apenas como um artifício de retórica para confundir o público, afirma ser uma hipótese absurda é uma realidade tão bem conhecida que não pode ser mais ocultada nos dias atuais em que as informações já são amplamente acessiveis a todos.
Algumas destas organizações financiadas internacionalmente estavam presentes na segunda audiência pública sobre o PL 1135/91, realizada na quarta feira dia 29 de agosto de 2007 no plenário 2 da Câmara dos Deputados. Neste dia a ONG Católicas pelo Direito de Decidir, que defende o direito ao aborto e a legalização deste infame projeto de lei, admite ela própria que mais de 99% de seu orçamento disponível para promover a difusão e a legalização do aborto não provém de brasileiros, mas de doações de instituições estrangeiras. Os relatórios anuais da Fundação Ford, uma das principais financiadoras mundiais da legalização do aborto, mostram que praticamente todos os anos foram feitas doações da ordem de
diversas centenas de milhares de dólares à sede central das Católicas pelo Direito de Decidir em Washington e às suas filiais
nos países da América Latina. As doações à regional brasileira nunca são inferiores a cem mil dolares ao ano. Em 2003 a sucursal brasileira das Católicas recebeu, apenas da Fundação Ford apenas para o trabalho de um ano, sem mencionar o montante recebido de outras fundações, um total de U$ 430 mil dólares. As Católicas pelo Direito de Decidir foram fundadas em 1993 no Brasil graças ao apoio financeiro da Fundação MacArthur, que durante os anos 90 investiu 36 milhões de dólares na implantação do aborto no Brasil, não incluindo outros programas similares que estavam sendo desenvolvidos pela mesma Fundação no México, na Índia e na Nigéria.
Uma longa entrevista autobiográfica concedida e publicada recentemente por Frances Kissling, fundadora das Católicas pelo Direito de Decidir, mostra em seus numerosíssimos detalhes, a onipresença das fundações que financiam internacionalmente o aborto, e que o fazem movidos por uma ideologia totalmente diferente daquela que anima os próprios agentes que aparecem para o público como sendo os promotores do aborto. São estas fundações internacionais que há décadas traçam as estratégias e financiam os trabalhos que serão realizados pelas organizações locais, as únicas que terão alguma visibilidade
apenas para um reduzido público. Para a grande maioria do povo nem mesmo estas organizações aparecem, apesar de serem contadas em várias centenas no Brasil e em muitos milhares no estrangeiro, e estarem espalhadas por todo o globo em uma rede estrategicamente coesa, coordenada pelo financiamento das grandes Fundações. Para o grande público, no qual estão incluídos a maioria dos políticos e responsáveis pelo destino das nações, a explosão da pressão pela legalização do aborto parece ser um fenômeno natural, conseqüência inevitável do desenrolar da história, da expansão das comunicações ou do desenvolvimento político, contra o qual nada pode ser feito porque nada haveria para ser feito.
Poucos porém conhecem o gigantesco trabalho que esta máquina descomunal desenvolve no Brasil para promover o aborto e o quanto ela penetrou em todas as instâncias estratégicas da política governamental, mesmo contra a opinião da maioria do povo brasileiro, que é esmagadoramente contra não somente a prática como também a legalização do aborto. Muito menor é o número dos que conhecem as Fundações que, sediadas no estrangeiro, elaboram e promovem a estratégia e o trabalho que deverá ser implantado no Brasil.
A entrevista original de Kissling pode ser lida em inglês no site
http://www.smith.edu/libraries/libs/ssc/prh/transcripts/kissling-trans.html
Um condensado em português da mesma pode ser obtido no endereço
http://www.pesquisasedocumentos.com.br/Kissling.doc
Após ter abandonado sua vocação religiosa em um convento católico, Frances Kissling foi proprietária de uma clínica de aborto em Nova York. Foi chamada em seguida pelas Fundações que financiam a difusão do aborto no mundo para dirigir-se à Itália e convencer as feministas italianas e o Partido Radical, já responsável na época pela aprovação do divórcio e naquele momento tentando obter a legalização do aborto no país, a aceitar dinheiro americano para o estabelecimento de uma rede de clínicas clandestinas de aborto. Na segunda metade dos anos 70 Kissling também trabalhou para o IPAS, uma ONG atualmente atuando também no Brasil, na abertura de clínicas de aborto clandestino na América Latina. Depois disso, antes de fundar as Católicas pelo Direito de Decidir, Kissling foi ainda diretora dos três principais sindicatos de provedores de abortos nos Estados Unidos. O papel decisivo das Fundações que não aparecem ostensivamente fica evidenciado na
entrevista de Kissling quando esta se viu envolvida no centro de uma disputa entre os vários sindicatos de provedores de aborto dos quais ela já havia sido diretora e como a controvérsia acabou finalmente sendo dirimida não pelo consenso entre os próprios envolvidos, mas pelo fato de que, em um determinado momento, as Fundações, em particular o milionário do petróleo John Rockefeller III, intermediado por Kissling, decidiram financiar pesadamente apenas um dos lados envolvidos, o qual acabou vencendo em poucos meses aos demais. Finalmente Kissling abandonou os sindicatos e resolveu dedicar-se apenas à organização das Católicas pelo Direito de Decidir. O nome é propositalmente enganoso, pois em primeiro lugar
o objetivo da organização não é o de legalizar o aborto, mas principalmente derrubar a moralidade relativa ao aborto, tendo como alvo principal a Igreja Católica, e em segundo lugar o trabalho somente decolou, segundo as próprias palavras de Kissling, não por causa do envolvimento da Igreja Católica, mas após o início do patrocínio financeiro das grandes Fundações. Este iniciou-se através de uma doação, inicialmente simbólica, de 20 mil dólares por parte da Fundação Ford. A doação era insignificante mas, no dizer de Kissling, "isto representou um ponto de virada, isto é, o fato de ter recebido
uma doação da Fundação Ford. Isto significava que tínhamos sido finalmente admitidas naquele [outro] mundo".
Segundo uma reportagem publicada pelo New York Times em 27 de fevereiro de 2007, "hoje o orçamento [anual] das Católicas pelo Direito de Decidir, [apenas da seção norte americana], é de três milhões de dólares, amplamente financiado por Fundações bem conhecidas, entre as quais a Fundação Ford".
[Backing Abortion Rights while Keeping the Faith:
http://www.nytimes.com/2007/02/27/us/27choice.html?pagewanted=2&_r=1].
Quanto aos próprios objetivos das Católicas, atualmente empenhadas na Europa em uma campanha contra o direito de objeção de consciência à prática do aborto por parte dos médicos, a grande idéia que está por trás de seu trabalho e que granjeou o apoio de tantas fundações, consiste na compreensão de que enquanto os movimentos a favor do aborto
se limitarem apenas à própria legalização do aborto, nenhuma conquista poderá ser definitiva. O direito ao aborto somente será definitiva e irreversivelmente estabelecido entre as mulheres quando, mais do que a legislação, puder ser derrubada a própria moralidade do aborto, e nisto a Igreja Católica não passa apenas de um alvo instrumental.
"A moral católica é a mais desenvolvida", afirma Kissling. "Se você puder derrubá-la, derrubará por conseqüência todas as
outras".
Nas palavras de Kissling: "As pessoas neste país questionaram a legalidade do aborto, mas de tal maneira que não questionaram o tema da moralidade. A incapacidade de tratar esta questão no nível moral é uma grave ameaça para o
sucesso a longo prazo do movimento a favor do aborto. Você nunca realmente irá vencer definitivamente se a questão da moralidade for levantada [tal como ela é apresentada hoje]. Se nós, como movimento, tivermos que tratar de moralidade na questão do aborto, nós perderemos, porque o discurso moral é controlado pelos homens e pela religião, e é construído contra as mulheres. O argumento dos bispos diz que o aborto é um assassinato, que abortar é matar e que a vida começa na concepção. Mas esta perspectiva católica é o lugar certo onde começar o trabalho, porque a posição católica é a mais
desenvolvida. Assim, se você puder refutar a posição católica, você refutou todas as demais. Nenhum dos outros grupos religiosos realmente têm declarações tão bem definidas sobre a personalidade, quando a vida começa, fetos e etc. Assim, se você derrubar a posição católica, você ganha".
O IPAS, para quem Kissling comfessa haver trabalhado na abertura de clínicas clandestinas na América Latina, não é a única organização a favor do aborto que patrocina o aborto clandestino. Provavelmente a maior de todas as organizações que já existiram na promoção do aborto clandestino foi, durante o final dos anos 60 e a década dos anos 70, a própria Agência de Desenvolvimento Internacional do Governo Federal dos Estdos Unidos, também conhecida como USAID. Conforme uma série de relatórios publicados recentemente por Reimert Ravenholt, na época o diretor de programas populacionais da USAID, o órgão utilizou-se de uma verba concedida pelo Congresso americano no montante de um bilhão e trezentos milhões de dólares para deter o crescimento populacional em todo o terceiro mundo. Foi, nas palavras de Ravenholt, o maior programa de "ajuda externa" já desenvolvido pelo governo federal americano em toda a sua história depois do Plano Marshall, através do qual se reconstruiu a Europa após o término da Segunda Guerra Mundial.
http://www.ravenholt.com/population/Foremost.zip
O plano incluia a promoção do aborto, ilegal ou não, em todo o terceiro mundo. Foram desenvolvidos novos equipamentos para a prática do aborto, distribuidos a milhares de médicos de mais de 70 países do terceiro mundo. Ravenholt estima que hoje, somando os aparelhos para a prática do aborto distribuídos pela USAID durante os anos 70 e depois pelo IPAS que continuou este trabalho a nível mundial, incluisive no Brasil, já teriam sido distribuídos mais de três milhões de equipamentos de aborto em todo o terceiro mundo. A USAID desenvolveu e sustentou em vários países como o Paquistão Oriental, hoje Bangladesh, um país de forte raízes islâmicas e onde o aborto ainda hoje continua ilegal, não apenas os equipamentos, mas também toda a infra estrutura nacional para a prática do aborto.
http://www.ravenholt.com/population/Foremost.zip
As novas drogas abortivas, que hoje são ilegalmente distribuídas e vendidas em toda a América Latina para a obtenção de abortos por automedicação, segundo os relatórios recentemente publicados por Ravenholt, também foram inicialmente desenvolvidas pela USAID a partir de uma descoberta de médicos suecos. Os riscos da automedicação pouco significavam para a USAID. Ele afirmava que tratava-se "de uma nova penicilina que iria curar a doença da explosão populacional", e nos seus comentários mais recentes, gaba-se de que no Brasil as novas drogas desenvolvidas graças à organização que então presidia estão sendo amplamente usadas, na ilegalidade, para a prática do aborto:
"Este foi o coroamento da definição que havíamos colocado", afirma o ex diretor da USAID. "Estávamos procurando uma
substância efetiva que, quando auto administrada por uma mulher, em uma só dose, assegurasse o retorno do estado não gravídico no final de um ciclo menstrual. Assim, se a mulher descobrisse que sua menstruação estava atrasadas e que ela estava grávida, poderia simplesmente tomar uma pílula. Esta droga, que passou a ser usada nos anos 80, especialmente no Brasil, ainda hoje é eficiente".
[Entrevista de Reimert Ravenholt a Rebecca Sharpless em
http://www.smith.edu/libraries/libs/ssc/prh/transcripts/ravenholt-trans.html]
Ravenholt ainda afirmava, para quem ainda se ilude de que o aborto está sendo promovido por causa da saúde das mulheres, que com os programas desenvolvidos pela USAID nos anos 70 era possível, utilizando a pílula e a esterilização, diminuir significativamente a taxa de crescimento populacional em qualquer país do terceiro mundo em um período de cinco anos, ou em um período de apenas dois anos, caso também fosse utilizado o aborto provocado.
http://www.ravenholt.com/wfs/world.zip
Com o advento do governo Carter e depois do governo Reagan, a USAID foi proibida de patrocinar o aborto diretamente com o dinheiro do contribuinte norte americano. O trabalho realizado na área do aborto, tanto o legal quanto o ilegal, com o apoio dos diretores da USAID, foi assumido principalmente pela organização não governamental norte americana IPAS.
O IPAS fornece equipamento para a realização do aborto no mundo inteiro e atualmente, com a conivência do governo brasileiro, ministra abertamente cursos de técnicas de aborto a mais de mil novos médicos por ano no Brasil. Os cursos são anunciados com antecedência no próprio site da instuituição, e são ministrados, em sua maioria, em maternidades do governo. Em janeiro de 2007 o IPAS ministrou um curso de técnicas de abortos em Manaus, na Maternidade Ana Braga. Em fevereiro de 2007 no Rio de Janeiro, no Hospital Fernando de Magalhães no bairro de São Cristóvão, novamente Manaus na Maternidade Moura Tapajós, na Santa Casa de Sobral no Ceará, na cidade de Palmas, capital do Estado de Tocantins, na cidade de São Paulo, no Hospital da UNIC em Cuiabá, e outros dois em Goiânia, um deles na Santa
Casa de Goiânia. Em Março de 2007 foi dado um curso de técnicas de aborto no Hospital da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Em abril de 2007 estavam previstos mais dois cursos no Instituto de Perinatologia da Bahia em Salvador, e em maio de 2007 estava programado outro na própria Secretaria Estadual da Saúde em Boa Vista, em Roraima. Todos estes cursos são anunciados publicamente e com antecedência há mais de dez anos, desde o primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, sem que ninguém jamais tivesse tomado nenhuma providência a
respeito, nem na classe médica nem fora dela. Os calendários dos cursos no Brasil podem ser assessados no endereço
http://www.ipas.org.br/agenda.html
Segundo um estudo publicado pela Universidade de Harvard, os Estados Unidos haviam-se convertido, já nos anos 80,
"na principal fonte mundial de capital para serviços de abortos". O mesmo estudo também afirma que "a maioria das organizações que fornecem fundos para a promoção do aborto operam de maneira cladestina e usualmente ilegal. Uma das
organizações mais agressivas nesta área é o IPAS. Conforme um dos membros de sua equipe afirmou, 'nossa política é, quanto mais o aborto é ilegal, mais ele é atraente, por ser mais necessário'. No momento o IPAS trabalha em três áreas: empréstimos para o estabelecimento de clínicas de aborto, fabricação de equipamentos para a prática de abortos que serão posteriormente distribuídos por outras organizações, como a IPPF e a Fundação Pathfinder, e o gerenciamento direto dos serviços de aborto. A estratégia da organização consiste na identificação de médicos que estejam interessados na prática do aborto, não importanto se ele é legalizado ou não, e em ajudá-los a iniciar novos serviços. No momento o IPAS está financiando clínicas em vinte países, incluindo o México, o Brasil e a Indonésia, países nos quais o aborto é ilegal. O IPAS está também treinando parteiras na prática do aborto nas Filipinas, onde o aborto não somente é ilegal ... como também o método que está sendo ensinado é especificamente banido pelo atual governo".
Ainda no mesmo estudo de Harvard pode-se ler que "A promoção do aborto ilegal pode ser encontrada registrada
inclusive em programas populacionais da ONU rótulada sob títulos como 'aumento do compromisso governamental para programas eficientes de planejamento familiar', 'financiamento seletivo de projetos de planejamento familiar inovadores e de baixo custo em países em desenvolvimento', ou programas de 'atividades nativas em planejamento familiar facilmente expansíveis ou multiplicáveis'. De fato, em muitos países da América Latina as organizações doadoras, ao concederem um empréstimo para uma clínica de aborto, verificam que a doação é rapidamente devolvida e as clínicas passam a auto
multiplicar-se sem neessidade de novos investimentos".
[Donald Warwick, Foreign Aid for Abortion, Harvard Institute
for International Development,
http://links.jstor.org/sici?sici=0093-0334%28198004%2910%3A2%3C30%3AFAFA%3E2.0.CO%3B2-C]
Adrianne Germain, co-fundadora da International Women Health Coalition, a ONG que instrumentalizou a tomada da ONU pelas organizações feministas nas Conferências Internacionais de Cairo e Pequim respectivamente em 1994 e 1995, e após a reunião de Glen Cove em 1996 nos Comitês de Monitoramento de Direitos Humanos da ONU que passaram a pressionar os países latino americanos a legalizarem o aborto, afirma em um depoimento publicado na Internet que em 1984, quando ocupava o cargo de representante da Fundação Ford em Bangladesh, ela mesmo liberou três quartos de milhão de dólares apenas para financiar o aborto clandestino naquele país.
No mesmo depoimento Adrianne afirma também que, alguns anos depois, tendo que viajar diversas vezes ao Brasil para a organização de congressos, sempre trouxe consigo em sua bagagem equipamentos para a realização de abortos, os quais eram distribuídos para clínicas clandestinas brasileiras nos estados de São Paulo e do Amazonas. O mesmo faziam outras colegas da mesma entidade na Colômbia, na Venezuela e no Perú, países onde o aborto é ilegal até hoje. Segundo as palavras de Adrianne, "nós apoiamos pessoas extraordinárias na Colômbia, na Venezuela e no Perú, todas elas ligadas a serviços de aborto seguro ou intermediando estes serviços".
http://www.smith.edu/libraries/libs/ssc/prh/transcripts/germain-trans.html
Estes dados representam algumas dentre as muitíssimas evidencias disponíveis que revelam que as organizações que promovem a legalização do aborto sob o pretexto de ser impossível controlar o aborto clandestino são as mesmas que promovem o aborto clandestino em todo o mundo.
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