"Os Cadernos do Cárcere" do movimento gay – Parte II
por Gerson Faria em 22 de junho de 2007
Resumo: Dentro da nova e ampla estratégia adotada pelo movimento gay, um dos principais itens é destacar o homossexualismo - real ou suposto - de personagens históricas famosas, apenas quando este fator interessar à causa, é claro.
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Na parte I deste artigo, introduzi a idéia básica da mudança de estratégia do movimento ativista gay proposta por Kirk & Madsen: persuasão sem ataque frontal explícito. Digo explícito porque veremos a seguir que sua intenção real é o massacre psicológico completo dos chamados 'homohaters' (algo como odiadores de homossexuais). A estratégia meticulosa consiste em não transparecer que se trata de um massacre. Para isso, manifestações públicas de "beijaços" (kiss-in), pôsteres gigantes de homens se beijando e afins foram oficialmente banidos na estratégia proposta para a fase de conquista completa dos meios de comunicação e, conseqüentemente, da opinião geral. Atitudes agressivas explícitas foram consideradas impróprias, pois o choque comportamental não auxiliaria na conquista psicológica, não sendo persuasivo. Após essa fase de conquista, não haveria mais motivos para autocontenção.
Primeira etapa do processo: Dessensibilização
O processo de dessensibilização é descrito como uma inundação de propaganda pró-gay apresentada da forma menos ofensiva possível. Isso porque o intuito não é mais o de chocar, e sim o de persuadir. Eles explicam:
"mecanismos de alerta respondem às novidades, pois essas representam mudanças do estado usual, e são assim potencialmente importantes (...) Em um ambiente de ameaças, duas coisas podem ocorrer: (1) se o mecanismo de alerta é ativado muito fortemente, a resposta será de fuga ou expulsão da ameaça ou (2) se no entanto a ativação não é considerável ou muito fraca, a ameaça deixa de sê-lo e pode tornar-se apenas uma estranheza e nada mais" (p.148, adaptado)
A aplicação desse conceito na prática:
"O mais importante é falar sobre a gayzisse (gayness) até o assunto se tornar absolutamente entediante" (p.178)
"Busque a dessensibilização e nada mais (...) Se você conseguir fazer com que os heteros pensem que a homossexualidade não tem nada de mais, merecendo nada além de um 'dar de ombros', então sua luta por direitos sociais e legais está virtualmente ganha" (p.177)
E exemplificam o processo de inundação de propaganda pró-gay com uma imagem bastante clara:
"Se os heteros não puderem desligar o chuveiro, ao menos eventualmente irão se acostumar a ficar molhados." (p.149)
É interessante notar que, ao início do livro e da proposta, a pessoa destinatária da propaganda, o alvo da mudança necessária, é descrita como homohater, fanático antigay (bigot), vitimizador (victimizer) e outros termos bastante definidos de criminosos. No desenrolar do livro, o alvo passa a ser genericamente intercambiado com straight, o heterossexual qualquer. Ou seja, começam com o truísmo de criminalizar os criminosos e, furtiva e fraudulentamente, ajuntam ao grupo dos seres odiáveis as pessoas que apenas não partilham de sua sexualidade, os heteros.
Mas claro, como é que um manifesto auto-intitulado revolucionário se contentaria com distinções sutis, tão sutis como a-sociedade-inteira versus criminosos-antigays? Ora, se isso não é um sinal absolutamente claro de sociopatia, então a prisão ou a destruição de vidas de pais, padres, jornalistas, escritores, professores e homossexuais inclusive (os que se recusarem a rezar por tal cartilha) é tão normal como a noite após o dia. Para os casos de homossexuais que não concordam com a cartilha, também utilizam o termo gay homofóbico.
Uma excelente explicação para o termo 'gay homofóbico' vem de Paul E. Rondeau, in Selling Homosexuality to America:
"Se alguém é contra o comportamento homossexual é porque essa pessoa é na verdade homossexual e homofóbica simultaneamente. Isto é: essa pessoa internalizou sua própria homofobia para esconder sua homossexualidade de si mesma. Embora talvez existam alguns casos assim, é certamente uma acusação difícil para qualquer um se defender. Declarações de comportamento heterossexual por parte do acusado na tentativa de defesa simplesmente validam a acusação de auto-ilusão. Esse exemplo é conhecido em psicologia como 'duplo vínculo' (situação em que o indivíduo recebe mensagens contraditórias ou diferentes) e em teoria da comunicação como 'paradoxo auto-reflexivo' que pode requerer uma defesa bastante sofisticada, a qual normalmente está além das capacidades de uma pessoa média."
Em suma: é terrorismo psicológico puro e simples. E o uso desse tipo de terrorismo, com o intuito de esmagar o adversário via pseudo-análise psicológica, é regra nos meios fazedores de opinião da grande mídia. Qualquer sujeitinho serelepe e analfabeto que apareça hoje na TV dizendo que a sociedade brasileira é homofóbica recebe "Ohhhs!" de admiração dos entrevistadores serelepes e analfabetos, junto a comentários do nível de um "nossa, e como você sobreviveu", tratando o entrevistado, para todos os efeitos e como precaução contra processos judiciais, como um semi-herói. Melhor bajular a perder o horário.
Segunda etapa: Bloqueio (Jamming)
"O mecanismo do preconceito pode ser desfeito em pó não somente pela Dessensibilização, que faz o motor perder a energia, mas por um processo mais ativo chamado Bloqueio." (p.150)
"O mecanismo de bloqueio se utiliza das regras do Condicionamento Associativo (o processo psicológico pelo qual quando duas coisas são repetidamente justapostas, o sentimento sobre uma delas é transferido para a outra) e Modelagem Emocional Direta (a tendência inata dos seres humanos sentirem o que percebem que os outros estão sentindo)." (p.150)
Uma utilização bastante comum do condicionamento associativo é a justaposição de imagens pelas quais o público alvo tem admiração, a rótulos que o desagrada e vice-versa.
É claro que o poder destrutivo da imagem é infinitamente maior do que o conteúdo do rótulo em si, que é muito moderado.
De modo calculado, o rótulo é moderado e genérico, projetado para atingir o número máximo de pessoas possível e colar em suas almas o risco iminente de se enxergarem como um membro da Ku-Klux-Kan ou um neo-nazista potenciais. E obviamente, os riscos práticos de ser identificado com esses grupos.
Em seus próprios termos:
"A maioria dos grupos que odeiam gays, da direita religiosa, irão se ressentir amargamente da conexão entre ódio a homossexual e Nazifascismo. Mas, como eles não podem defender o último, irão terminar por se distanciar desses, insistindo em que eles [a direita religiosa] jamais iriam àqueles extremos. Declarações de civilidade para com os gays, é claro, colocam nossos piores detratores na escorregadia ladeira rumo ao reconhecimento dos direitos fundamentais dos gays." (p.221)
Terceira e última etapa: Conversão
"Não é o bastante que antigays fanáticos tornem-se confusos sobre nós, ou mesmo indiferentes – estaremos mais seguros, no longo prazo, se nós realmente conseguirmos fazê-los gostarem de nós. Conversão busca apenas isso." ( p.153)
"Isso significa a conversão das emoções, da mente e dos desejos do americano médio, por meio de um ataque psicológico planejado, na forma de propaganda distribuída à nação via mídia." (p.153)
Está implícito aí que o americano médio é um odiador de gays, se não um criminoso contumaz? Outra vez, observamos a generalização em tratar a sociedade como um repositório de criminosos, necessitando ser convertida inteiramente ao modelo dos iluminados. Vemos claramente que, como vários tipos de tiranias socialistas e meios de se chegar a elas, o movimento gay também se utiliza da multiplicação das vítimas para justificar uma mudança completa da sociedade.
E os mecanismos de conversão sugeridos são:
"mostrar pessoas de sua turma [heteros] associadas a gays em bom relacionamento, a associação repetitiva de pares imagem/rótulo de gays cuidadosamente selecionados para parecer com o intolerante ou com seus amigos, ou com seus outros estereótipos de caras legais."
Outro mecanismo de propaganda que se mostrou bastante eficaz foi o uso de personagens históricas famosas que foram (ou que provavelmente foram) homossexuais.
"Personagens históricas famosas são consideradas especialmente úteis para nós por duas razões: primeiro, estão invariavelmente mortas como uma rocha, longe da condição de negar a verdade. Segundo, e mais sério, as virtudes e conquistas que fazem essas figuras históricas admiráveis não podem ser invalidadas ou rejeitadas pelo público, dado que os livros escolares já o consolidaram em cimento incontestável." (p.188)
Enquanto Leonardo da Vinci é utilizado como um homossexual útil,
...descontando-se o fato do processo por pedofilia em que se envolveu, segundo Richard Friedenthal em Leonardo da Vinci, Uma biografia ilustrada:
"Do tempo da oficina de Verrocchio, guardam-se os autos de um desagradável processo, no qual Leonardo fora envolvido. (...) Quatro jovens florentinos, entre eles Leonardo, foram acusados de manter relações homossexuais com Jacopo Saltarelli, um rapaz de dezessete anos, de má fama (...)".
Já outros personagens famosos e provavelmente homossexuais merecem o oblívio, como o assassino serial Eddie Gain, inspiração para o personagem Norman Bates (imortalizado em "Psicose"), para alguns comportamentos violentos no “Massacre da serra elétrica" original e mais tarde para o Buffalo Bill de "O Silêncio dos Inocentes". Fôssemos nós propagandistas inescrupulosos como Kirk & Madsen, poderíamos utilizar suas técnicas e, girando a manivela, criar a seguinte peça de propaganda:
Na parte final deste artigo, veremos aplicações práticas dessas técnicas utilizadas em material publicitário, em que os autores analisam peças de propaganda, validando-as ou não, e explicitando claramente os prós e os contras de cada mensagem. Veremos também casos práticos de ataques desferidos pelo movimento gay norte-americano a companhias gigantes e processos de character assassination a personalidades de TV.
Leia também After the Ball : "Os Cadernos do Cárcere" do movimento gay – Parte I e Final
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