Saturday, October 27, 2007

Para que pedir desculpas?
Os cristãos estão confundindo ser humilde com ser fraco

Tristan Emmanuel

Esta semana foi de modo particular uma semana ruim para o Cristianismo na América do Norte.
Os tapados covardes se manifestaram publicamente aos montes, fazendo pedidos de desculpas por coisas que não eram para eles pedir desculpas e por de modo geral baterem em retirada da guerra cultural.
O primeiro exemplo de covardia veio do arcebispo católico de San Franciso. No domingo passado, o arcebispo George Niederauer estava celebrando missa na Igreja do Santíssimo Redentor. Os membros que estavam comungando haviam feito fila para participar. Então entraram na fila dois caras vestidos com roupas de freira. Ficou logo evidente que eles eram membros do grupo militante “Irmãs do Vício Perpétuo” — um grupo de ativistas gays cujo lema é: “Vá em frente e peque mais”.
Os espectadores devotos ficaram imóveis e impotentes enquanto os dois homens permaneciam na fila. Eles até deram um no outro um beijo de deboche antes de receber a hóstia do arcebispo.
A intrusão foi tão rude que o promotor público municipal de San Francisco — uma cidade famosa por não ter simpatia alguma para com o Cristianismo — indicou que ele estaria disposto a iniciar um processo. Mas o arcebispo recusou processar. Aliás, ele não só recusou a assistência, mas nem mesmo emitiu uma nota condenando o ultraje.
Em vez disso, o arcebispo fez um pedido de desculpas.
Não é brincadeira, não.
Ele pediu desculpas à sua congregação porque ele alega que não percebeu quem eram os homens, embora assistindo-se ao vídeo online seja difícil entender como ele conseguiria ter confundido os militantes com outra coisa qualquer.
O segundo incidente desta semana envolve Ann Coulter e a legião de comentaristas “conservadores” covardes que “bravamente” ecoaram manifestações dos liberais condenando-a.
Se você não teve oportunidade de assistir, Ann Coulter estava num programa de entrevista de TV na semana passada, e o apresentador lhe perguntou como seria para ela o país ideal. Entre outras coisas, Coulter disse que seria habitado por cristãos. Quando o apresentador lhe perguntou acerca da inclusão dos americanos judeus, Coulter disse que eles precisavam “se aperfeiçoar” se tornando cristãos.
Barbara Simpson, que escreve na coluna “Babe in the Bunker” de WND, respondeu dizendo que o comentário de Coulter a tornou pior do que um liberal. Ela escreveu: “Com amigos como ela, quem precisa de inimigos?”
Por que motivo Simpson confrontou Coulter? Porque Ann crê que os judeus só podem ir para o céu se crerem que “Cristo morreu por nossos pecados”. Em outras palavras, Coulter crê no Cristianismo básico.
Simpson disse: “Com toda a sua formação educacional e experiência nos meios de comunicação, Ann Coulter se mostra uma cristã santarrona, de mente estreita, do pior tipo”.
Ao que tudo indica, certos “conservadores” não acham admissível expressar publicamente a convicção de que a razão está com a espiritualidade que seguimos. Porque, de acordo com Simpson, essa noção dá “uma péssima fama a todos os cristãos e católicos equilibrados e cultos”.
Mas em minha avaliação o pior tipo de covardia nesta semana foi um pedido de desculpas que Mocidade para Cristo fez para uma escola em Willmar, em Minnesota.
MPC havia recebido solicitação para providenciar uma palestrante para a assembléia de uma escola secundária. A palestrante veio a ser Tina Marie, escritora, atriz e — imaginem isso — cristã. Entre outras coisas, Marie disse aos estudantes que quase “metade de sua geração” se perdeu para o aborto. Ela também compartilhou que a maioria das músicas, filmes e revistas de adolescentes diz mentiras acerca da promiscuidade e homossexualidade.
O representante de MPC Bob Poe disse que os comentários de Marie podiam ser interpretados como ofensivos.
“A questão… era que a palestrante indicou uma posição pró-vida na questão do aborto, e na questão da homossexualidade ela poderia ser interpretada como antigay”.
Por isso, ele fez um pedido de desculpas à escola.
Com toda essa onda de pedidos de desculpas, sinto-me compelido a fazer meu próprio pedido de desculpas.
Peço desculpas porque a maioria dos cristãos não sabe discernir entre ser humilde e ser fraco.
Peço desculpas porque confundimos virtudes como compaixão com motivações inferiores como covardia.
Peço desculpas porque os ativistas gays podem debochar de ritos cristãos sagrados na presença de cristãos devotos, enquanto todos nós sabemos muito bem que eles não escapariam com vida se tentassem as mesmas façanhas pervertidas em alguma mesquita.
Peço desculpas porque alguns “conservadores” sentem que precisam empilhar condenações em cima de Ann Coulter simplesmente porque eles não gostam do estilo dela, ou porque ela teve a coragem de dizer o que a Igreja Cristã vem dizendo por mais de 2.000 anos.
E peço desculpas profundas por impostores como Bob Poe, que alegam falar no nome do “Cristianismo” quando realmente são uma vergonha para a fé cristã. Para que pedir desculpas porque alguém teve a coragem de se levantar e dar exatamente o tipo de mensagem que os adolescentes precisam ouvir hoje?
Peço desculpas, sim.
Em vez de defenderem e avançarem um Cristianismo coerente, um número grande de líderes “cristãos” está tornando o problema muito pior.
Estou convencido de que o problema não é que os liberais seculares têm uma estratégia brilhante para “assumir o controle da sociedade”.
Não, os secularistas não estão ganhando o combate.
Os cristãos é que estão perdendo o combate propositadamente.
Os cristãos é que estão descansando.
Os cristãos é que estão se entregando.
E os cristãos são culpados de atirar em sua própria espécie — criticando e atacando o número muito pequeno de cristãos que estão combatendo o bom combate.
Por isso, quero fazer meu pedido de desculpas.
A todos os secularistas da América do Norte:
Em nome dos muitos cristãos covardes, peço desculpas.
Peço desculpas porque vocês não têm suficientes oponentes dignos do combate.
Peço desculpas porque Ann Coulter geralmente tem de fazer tudo sozinha.
Peço desculpas, e prometo que farei mais para combater o bom combate.
Peço desculpas de coração.
E já que estamos no assunto de os cristãos não serem covardes, aproveito para dizer que os muçulmanos precisam também se converter para Cristo.

Tristan Emmanuel fundou e é presidente do ECP Centre — Equipping Christians for the Public-Square. Ele apresenta “No Apologies”, um programa online de rádio semanal dedicado a ilustrar o absurdo das idéias politicamente corretas, e é autor dos livros “Christophobia: The Real Reason Behind Hate Crime Legislation”e “Warned: Canada’s Revolution Against Faith, Family and Freedom Threatens America”.

Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com.br; www.juliosevero.com

Fonte: WND
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