Monday, September 03, 2007

Requião assina manifesto da Igreja em favor da vida

Manifesto foi lançado pelo padre Reginaldo Manzotti e
já colheu mais de 750 mil assinaturas
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AEN

O governador do Paraná Roberto Requião assinou o manifesto lançado
pelo padre Reginaldo Manzotti, presidente da Associação Evangelizar é
Preciso, contra a legalização do aborto. O manifesto "Mobilização: um
Grito pela Vida; Diga não ao Aborto", obteve apoio da grande maioria
dos prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários municipais que
participam do primeiro encontro da edição 2007-2008 do Programa de
Estudos Avançados para Líderes Públicos.

"Não consigo imaginar que um problema econômico possa levar uma
família ao assassinato de uma criança não nascida, que pode vir a ser
um Einstein, um santo e até mesmo um gênio que encaminhe a redenção de
momentos históricos importantes na vida do município, do Estado, do
País e do planeta. Assim, este abaixo-assinado, que será encaminhado
ao presidente Lula e ao Congresso Nacional, leva a minha assinatura e
do vice-governador Orlando Pessuti", afirmou Requião.
"Eu os convido para formar conosco um movimento de resistência à
banalização da vida, à supressão absoluta de princípios éticos que
devem dirigir a nossa conduta. Alguém poderia perguntar: e o caso de
uma mulher doente, cuja gravidez coloca em risco a sua vida e a da
criança? Não há nenhuma dúvida, quem decide isso é o Judiciário. Mas a
banalização do assassinato de uma criança deve receber uma resistência
de nossa parte", disse o governador ao justificar sua adesão ao
manifesto.

Segundo o padre Reginaldo Manzotti, o manifesto pela vida já conta com
mais de 750 mil adesões na luta contra a lei nº 1135/91, em tramitação
no Congresso Nacional, e que permite a interrupção da gestação até o
nono mês de gravidez, sem qualquer restrição. "O apelo que fizemos aos
prefeitos e líderes municipais é que abracem esta causa, que é muito
mais do que religiosa ou partidária. É uma causa ecumênica e
humanitária, enfim, um apelo para que todas as autoridades brasileiras
pensem um pouco mais sobre o valor da vida".

Em sua opinião, esta é uma luta não só de padres, pastores e líderes
religiosos. "É uma luta que envolve todas as pessoas de bem. Pessoas
que acreditam nos valores universais e que acreditam que existem
valores inegociáveis, como a vida. Portanto, lutem pela vida assinando
e até ajudando na coleta de outras assinaturas, para que esta lei não
seja aprovada no Congresso Nacional", afirmou.

O padre Manzotti disse que o movimento, liderado pelo arcebispo
metropolitano de Curitiba e presidente da CNBB Regional Sul II, Dom
Moacyr José Vitti, e pela presidente da Sociedade Protetora dos
Nascituros Imaculada Conceição de Maria, Regina Turchenski, já
conseguiu a adesão de adventistas, luteranos e outras denominações
evangélicas. "E o que me deixa feliz é saber do apoio de faculdades de
Direito e Medicina, bem como de escolas de ensino secundário, que
estão promovendo estudos, fórum de debates e concursos de cartazes e
redação sobre o tema da vida. Estamos fazendo com que as pessoas olhem
para a vida com um olhar singular e que discutam o tema". analisou.

No documento assinado pela grande maioria dos participantes do
encontro, a Igreja ressalta que a vida humana é um direito natural,
anterior ao Estado, e que o mesmo deve reconhecê-la como direito
fundamental. "Por isso, sua garantia é a consagração da própria
democracia. Não de trata de direito constituído pelo Estado e,
portanto, nenhum grupo social poderá decidir quando outros devem
morrer. É ainda um direito inquestionável, conforme preceitua o artigo
5 da Constituição Federal e o artigo 2 do Código Civil Brasileiro".

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