Lula participa de manifestação abortista.
Manifestação pelo aborto marca evento nesta segunda
http://www.estadao.com.br/ultimas/nacional/noticias/2007/mai/27/106.htm
Grupo deve lançar comitê pela legalização no Dia da Luta pela Saúde da Mulher
Agência Brasil
SÃO PAULO - No Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, na segunda-feira, 28, uma manifestação pelo direito ao aborto será realizada, às 16h, em frente à Praça Ramos de Azevedo, no centro da capital paulista. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou no domingo de missa de reinauguração da capela Nossa Senhora da Alvorada, no Palácio da Alvorada, em Brasília, participará do evento, às 11h.
Sonia Coelho, assistente social e integrante da Sempreviva Organização Feminista (SOF), disse que o movimento também pretende no mesmo dia lançar o Comitê de Luta pela Legalização do Aborto, reunindo várias entidades e organizações sociais como a Marcha Mundial de Mulheres, a União Brasileira de Mulheres, a Liga Brasileira de Lésbicas e o Fórum Estadual de Mulheres Negras-RJ.
“Esse não é um ato massivo. É um ato mais de liderança”, explicou Sonia Coelho, em entrevista à Agência Brasil. De acordo com ela, a manifestação de segunda-feira deixará de lado os discursos e buscará o diálogo com as pessoas nas ruas, através de performances musicais e teatrais.
Para Sonia Coelho, o aborto além de ser uma questão de saúde pública também tem seu lado da autodeterminação da mulher. “Um aspecto fundamental para nós é que as mulheres, na sociedade, tenham o direito de decidir sobre a sua vida, tenham direito à autonomia, à autodeterminação".
“Nós não defendemos o aborto como método contraceptivo”. Mas em uma gravidez indesejada, acreditamos que o último recurso tem que ser o aborto e não a imposição daquela gravidez para a mulher como forma de castigo ou qualquer outra coisa”, explicou.
Ela revelou que o movimento das mulheres vai se reunir sempre no dia 28 de cada mês, até setembro, quando se comemorará o dia latino-americano de luta pela legalização do aborto.
Sonia Coelho informou que está na pauta do movimento solicitar ao Executivo que apóie a aprovação de projeto que pede que o aborto praticado até a 12ª semana de gestação não seja considerado crime.Segundo ela, essa proposta foi apresentada em 2005 pela Secretaria Especial de Política para as Mulheres. “Também queremos que o Executivo tenha ações de educação e formação dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) para que atendam dignamente as mulheres que fazem aborto clandestino”, disse.
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