REUTERS INICIA CAMPANHA MIDIÁTICA INTERNACIONAL PARA FORÇAR BRASIL A
LEGALIZAR ABORTO
A Reuters, uma das principais agências de notícias do mundo, está iniciando uma campanha midiática internacional para impulsionar o governo Lula a retomar com força as iniciativas políticas no sentido de legalizar o aborto no Brasil.
Um artigo altamente tendencioso, traduzido em várias línguas e distribuídos para vários países do mundo, supostamente baseado em uma entrevista com vários médicos do Posto de Saúde da Barra Funda, um bairro da periferia pobre do Centro de São Paulo, mas que na realidade cita apenas uma única médica do local, afirma que no Brasil os profissionais da saúde estão revoltados com a próxima vinda do Papa e culpam a Igreja Católica pela sua posição contra a legalização do aborto que estaria causando dano à saúde das mulheres. Segundo a reportagem, os médicos sabem que muitas de suas pacientes grávidas irão morrer ao saírem do posto quando procurarem um aborto inseguro e eles se vêem diante de
"UM DILEMA MORAL E UMA SITUAÇÃO HORRÍVEL",
porque poderiam ser cassados se indicassem uma clínica clandestina segura para que suas pacientes pudessem abortar com segurança. "Todo este sofrimento", teriam afirmado os médicos à Reuters, poderia ser evitado se
"O PRESIDENTE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA SE DECIDISSE A DESAFIAR A IGREJA CATÓLICA NA QUESTÃO DO ABORTO, AGORA QUE ELE NÃO TEM MAIS QUE DISPUTAR A REELEIÇÃO".
O artigo foi traduzido pela Reuters para o português, espanhol, inglês e italiano e está sendo veiculado em vários países do mundo.
No Brasil foi publicado no dia 4 de maio de 2007 pelo "Estado de São Paulo", sob o título "À espera do Papa, médicos criticam Igreja e discutem aborto".
http://www.estadao.com.br/especial/papa/noticias/2007/mai/04/322.htm
Sob o título "Visiting Pope steps into abortion battle in Brazil", o artigo foi publicado nos Estados Unidos pela revista Scientific America,
http://www.sciam.com/article.cfm?alias=visiting-pope-steps-into&chanId=sa003&modsrc=reuters
pelo Washington Post,
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/05/02/AR2007050200620_2.html
pelo Boston Globe,
http://www.boston.com/news/world/latinamerica/articles/2007/05/02/visiting_pope_steps_into_abortion_battle_in_brazil_1178111676/?rss_id=Boston.com+%2F+News+%2F+World+news+-+Boston+Globe
pela ABC News,
http://abcnews.go.com/International/wireStory?id=3121242
pelo Yahoo Health,
http://health.yahoo.com/news/174704
pelo Yahoo News,
http://news.yahoo.com/s/nm/20070502/lf_nm/brazil_pope_abortion_dc
pelo Yahoo Asia News,
http://asia.news.yahoo.com/070502/3/317c9.html
pela News Max,
http://www.newsmax.com/archives/articles/2007/5/1/215624.shtml?s=os
pela própria Reuters,
http://today.reuters.com/news/articlenews.aspx?type=inDepthNews&storyid=2007-05-02T011310Z_01_N30458310_RTRUKOC_0_US-BRAZIL-POPE-ABORTION.xml
e por vários outros jornais.
A Americas.org, uma entidade que afirma "trabalhar pelos direitos humanos em uma economia globalizada", disponibilizou uma cópia do artigo qualificando-o de
"UM INSTRUMENTO EDUCACIONAL PARA IMPLEMENTAR A COMPREENSÃO DE TEMAS ENVOLVENDO A ECONOMIA GLOBAL E A JUSTIÇA SOCIAL".
http://www.americas.org/item_31785
Com modificações ainda mais tendenciosas, o texto também foi publicado pelo portal da IPPF, a maior rede de clínicas de abortos dos Estados Unidos. O artigo editado pela IPPF dá a entender que a posição do povo brasileiro estaria cada vez mais a favor do aborto em um desafio aberto à autoridade papal, quando na verdade sabe-se que as pesquisas de opinião pública mostram que no Brasil a rejeição ao aborto têm aumentado de modo contínuo a cada ano desde pelo menos 1993. Mas o texto publicado pela IPPF afirma já em seu início que
"Quando o Papa Bento XVI visitar o Brasil na próxima semana, ele descobrirá que sua autoridade estará sendo desafiada, não apenas pelo comportamento sexual dos brasileiros, mas também pelas mudanças de atitude em relação ao aborto. Muitos ignoram a posição da igreja em relação ao aborto e os médicos queixam-se dos líderes católicos pelos danos causados à saúde das mulheres e pelo enfraquecimento da luta contra a AIDS. Os defensores do direito ao aborto querem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafie a Igreja Católica na questão do direito ao aborto agora que ele está em seu segundo mandato e não pode ser reeleito".
http://www.ippf.org/NR/exeres/7C84F7DD-70C8-43E1-B7D8-E130755BA1AD.htm
O texto da Reuters foi publicado em espanhol na Venezuela, sob o título "Batalla en Brasil por el aborto crece antes de la visita del Papa ", pelo jornal El Universal,
http://internacional.eluniversal.com/2007/05/05/int_ava_batalla-en-brasil-po_05A864239.shtml
pela Agência Reuter na Argentina,
http://ar.today.reuters.com/news/newsArticle.aspx?type=topNews&storyID=2007-05-05T141820Z_01_N05288003_RTRIDST_0_PAPA-BRASIL-ABORTO-ENFOQUE.XML
e também pela Agência Reuters no Chile:
http://about.reuters.com/dynamic/countrypages/chile/1178374698nN05288003.ASP
Em italiano, sob o título "Papa dal 9 maggio in Brasile, confronto sull'aborto", a Agência Reuters divulgou na terra do Papa uma versão mais curta e suave do mesmo texto:
http://today.reuters.it/news/newsArticle.aspx?type=entertainmentNews&storyID=2007-05-02T103436Z_01_DIG235019_RTRIDST_0_OITLR-PAPA-BRASILE-PREVIEW.XML&ImageID=
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BRASIL: O ESTADO DE SÃO PAULO
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À ESPERA DO PAPA, MÉDICOS CRITICAM IGREJA E DISCUTEM ABORTO
http://www.estadao.com.br/especial/papa/noticias/2007/mai/04/322.htm
04 de maio de 2007
Profissionais culpam líderes católicos por prejudicarem luta contra a Aids
Reuters
SÃO PAULO - Médicos de uma clínica de saúde pública em um bairro carente de São Paulo deixam seu trabalho todos os dias sabendo que muitas das suas pacientes grávidas - imigrantes bolivianas, moradoras de favelas e prostitutas - farão abortos inseguros, desenvolverão infecções uterinas e, em casos extremos, morrerão.
A dias da visita do papa Bento XVI ao país, os médicos da clínica, na zona leste da capital paulista, culpam os líderes católicos por prejudicarem a saúde das mulheres e a luta contra a Aids.
No Brasil, os médicos podem ser cassados por fazer abortos ilegais ou mesmo por encaminhar as mulheres às clínicas clandestinas que atendem a população de classe média alta.
Quando uma paciente pobre quer interromper uma gestação indesejada, os médicos são então pegos em um dilema moral. "Isso nos coloca numa posição horrível", disse Ruth Loreto Sampaio de Oliveira, ginecologista do Centro de Saúde Escola Barra Funda. "Tivemos pacientes que morreram depois de recorrerem a abortos arriscados."
As mulheres de baixa renda muitas vezes induzem abortos com um medicamento chamado misoprostol, vendido ilegalmente por ambulantes nas ruas de São Paulo. Algumas exageram na dose, rompendo o útero. Outras confiam em poções caseiras que contêm peróxido, que causa queimaduras, ou em aparelhos improvisados.
O sofrimento, segundo os médicos, poderia ser evitado. Eles esperam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafie a Igreja no quesito aborto, agora que ele não tem mais que disputar a reeleição.
Seu ministro da Saúde, José Gomes Temporão, quer um referendo sobre o tema, embora as pesquisas mostrem que os brasileiros rejeitariam a concessão de mais opções à mulher. Mesmo assim, líderes antiaborto temem que se repita no Brasil o mesmo que em Portugal, que liberou o aborto em um plebiscito em fevereiro, e a Cidade do México, que legalizou em abril. "Este ano está sendo preocupante para as pessoas que acreditam que a vida começa na concepção", disse Luiz Bassuma, presidente da frente parlamentar antiaborto.
Confronto na Igreja
As políticas públicas já se chocam com a doutrina da Igreja a respeito de planejamento familiar, ciência e Aids. O ministério da Saúde fornece pílulas anticoncepcionais e ligadura de trompas gratuitamente, além de autorizar abortos na rede pública em caso de estupro ou risco de vida para a mãe.
"A Igreja entra no caminho sempre que tentamos ampliar o acesso ao controle de natalidade, mas perdeu a batalha sobre a política para a Aids", disse a médica Tânia Lago, que dirige os programas de saúde feminina do Estado de São Paulo. "É uma doença que mata, então os políticos se dispuseram a enfrentar a Igreja."
O cardeal Geraldo Majella, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, demonstrou sua indisposição com a política pública, quando o governo distribui mais uma vez milhares de camisinhas antes do Carnaval deste ano.
"Não podemos concordar com preservativos, porque eles podem transformar a vida em vida sem responsabilidade", disse.
Os católicos, que representam 74 por cento dos brasileiros, parecem ignorar a doutrina. A freqüência com que eles recorrem ao aborto e aos anticoncepcionais é a mesma dos não-católicos, segundo estudos.
"Há uma enorme lacuna entre o que os católicos pensam sobre a saúde reprodutiva e as regras que a hierarquia da Igreja defende", disse Dulce Xavier, da entidade Católicas pelo Direito de Decidir.
Os ensinamentos da Igreja sobre a abstinência sexual também parecem entrar por um ouvido e sair por outro no Brasil, país que só perde para a Grécia em uma lista dos que mais praticam sexo publicada recentemente.
"Se eu disser aos meus pacientes para praticar a abstinência, todo mundo riria da minha cara", disse Marta Campagnoni, médica que dá aulas de planejamento familiar na clínica da Barra Funda.
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VENEZUELA: EL UNIVERSAL
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BATALLA EN BRASIL POR EL ABORTO CRECE ANTES DE LA VISITA PAPA
http://internacional.eluniversal.com/2007/05/05/int_ava_batalla-en-brasil-po_05A864239.shtml
Brasil.- Los médicos de una deteriorada clínica de salud pública en un pobre sector de Sao Paulo dicen que sus mayores temores se hacen realidad con demasiado frecuencia, reseñó Reuters.
Dejan el trabajo cada día sabiendo que muchas de sus pacientes embarazadas -inmigrantes bolivianas, residentes de barrios pobres y prostitutas- se harán inseguros abortos, desarrollando infecciones uterinas y, en casos extremos, muriendo.
El aborto es ilegal en Brasil, el país con mayor población católica del mundo y escenario la próxima semana de la primera visita del Papa Benedicto XVI a América.
Los médicos de la clínica culpan a los prelados católicos de perjudicar la salud de las mujeres y el combate al sida.
Los médicos pueden perder sus licencias por realizar abortos o incluso por enviar a mujeres a clínicas clandestinas seguras que atienden a las brasileñas ricas. Por eso se encuentran ante una encrucijada moral cuando una paciente pobre quiere poner fin a un embarazo no deseado.
"Esto nos pone en una posición horrible", dijo la doctora Ruth Loreto Sampaio de Oliveira, una ginecóloga de la clínica. "Nosotros tuvimos pacientes muertas luego de recurrir a abortos riesgosos", agregó.
Las mujeres pobres frecuentemente se inducen abortos con un medicamento ilegal llamado misoprostol, adquirido en los mercados callejeros de Sao Paulo .
Algunas toman demasiado, rompiendo sus úteros. Otras apelan a pociones caseras que contienen peroxide, que causa quemaduras, o a máquinas improvisadas.
El sufrimiento puede ser evitado, dicen las médicas, quienes esperan que el presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafíe a la Iglesia Católica sobre el derecho al aborto ahora que está en su segundo mandato y no puede buscar la reelección.
El ministro de Salud quiere que se realice un referendo sobre el aborto. Según encuestas de opinión, los brasileños rehusarían dar a las mujeres el derecho a la opción.
Pero, activistas contrarios al aborto dicen que están preocupados porque Brasil podría seguir la senda de Portugal, que lo legalizó luego de un plebiscito realizado en febrero.
"Este año ha sido preocupante para la gente que cree que la vida comienza con la concepción", dijo Luiz Bassuma, jefe de la bancada contraria al aborto en el Congreso, en una columna periodística.
Los activistas dicen que el aborto será eventualmente legalizado en momentos en que la Iglesia Católica, aunque poderosa, ha perdido peso político en Brasil desde el fin de la dictadura militar em 1985 y el surgimiento del sida.
Choques con la iglesia
Las políticas del Gobierno ya chocan con la doctrina de la Iglesia sobre planeamiento familiar, ciencia y sida.
El Ministerio de Salud provee de todo gratuitamente, desde píldoras para el control de la natalidad a ataduras de trompas, y provee abortos en casos de violación o cuando la vida de la madre corre peligro. El Congreso permite investigaciones con células madre de embriones humanos congelados.
Algunos estados del país permiten las uniones entre homosexuales. Un fiscal federal quiere que los tribunales consideren los matrimonios gay como un derecho constitucional.
Además, el Gobierno entrega gratuitamente millones de condones cada año para la prevención del sida, muchos en escuelas secundarias públicas, causando la ira de la Iglesia pero elogios de las Naciones unidas.
"La Iglesia se pone en el camino cada vez que tratamos de ampliar el acceso al control de la natalidad, pero pierde la batalla sobre la política de sida", dijo la doctora Tania Lago. "Es una enfermedad que mata, por lo que los políticos estuvieron dispuestos a enfrentarse con la Iglesia", agregó.
La médica dirige programas de salud para el gobernador del estado de Sao Paulo, José Serra, quien como ministro de Salud del país en la década de 1990 creó un programa de combate al sida con la entrega gratuita de condones y de cócteles contra la enfermedad.
"No podemos estar de acuerdo con los condones porque convierten la vida en una vida sin responsabilidad", dijo el cardenal Geraldo Majella, presidente de la Conferencia Nacional de Obispos de Brasil, antes de comenzar este año la fiesta de Carnaval, cuando el gobierno entregó millones de preservativos.
Los católicos también ignoran la doctrina de la Iglesia en la materia. Un 74 por ciento de los 188 millones de brasileños son católicos y sus tasas de aborto y uso de condones reflejan a la población en general, según estudios.
"Existe una enorme brecha entre lo que piensan los católicos acerca de la salud reproductiva y las normas que defiende la jerarquía de la Iglesia", dijo Dulce Xavier, del grupo Católicos por el Derecho a Decidir.
Además, Brasil figura segunda entre las poblaciones más activas sexualmente, después de Grecia, según una encuesta divulgada en abril. Los griegos tienen, en promedio, 164 relaciones sexuales por año, y los brasileños 145.
La enseñanza de abstinencia de la Iglesia cae en oídos sordos en Brasil, donde el presidente Lula ha dicho que "el sexo es algo que le gusta a todos, es una necesidad biológica de los humanos".
"Si le digo a mis pacientes que practiquen la abstinencia, todos se reirán en mi cara", dijo la doctora Marta Campagnoni, quien imparte clases de planeamiento familiar en la clínica de salud.
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ESTADOS UNIDOS: WASHINGTON POST
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VISITING POPE STEPS INTO ABORTION BATTLE IN BRAZIL
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/05/02/AR2007050200620_2.html
By Terry Wade
Reuters
Wednesday, May 2, 2007
SAO PAULO (Reuters) - At a dilapidated clinic in a gritty section of Sao Paulo, doctors know that many of the pregnant Bolivian immigrants, shantytown dwellers and prostitutes they treat will go on to seek abortions elsewhere.
Abortion is illegal in Brazil, the world's biggest Catholic country, and back street abortions are rife, often leading to uterine
infections and, in some cases, death.
When Pope Benedict visits here May 9, he will find his authority is being challenged, not just by sexual behavior in Brazil, but also by changing attitudes to abortion.
Brazilians tend to be sexually liberal -- having multiple partners is common, prostitution is legal, and even the president says "nearly everybody likes sex."
Many ignore the church on birth control and abortion. The government hands out condoms -- also opposed by the Catholic church -- to prevent the spread of AIDS. And doctors blame Catholic leaders for hurting women's health and weakening the fight against AIDS.
"The church gets in the way," said Dr. Tania Lago, who runs women's health programs for Sao Paulo state.
CONFRONTING CHURCH
Safe, clandestine clinics cater to rich Brazilians, but poor women induce abortions with an illegal drug called misoprostol, bought in Sao Paulo street markets. Too much can result in a ruptured uterus.
Others rely on homemade potions containing peroxide, which causes burns, or improvised devices.
For Dr. Ruth Loreto Sampaio de Oliveira, a gynecologist at the Centro de Saude Escola Barra Funda clinic in Sao Paulo, this is her worst fear.
"We've had patients die after resorting to risky abortions," she said.
Supporters of abortion want President Luiz Inacio Lula da Silva to confront the church on abortion rights and birth control now that he is in his second term and cannot seek re-election.
Polls have shown Brazilians would reject abortion if Lula's health minister is successful in bringing the debate to a referendum.
But anti-abortion leaders say they are concerned by developments in other Catholic countries: Portugal legalized abortion after a plebiscite in February, and Mexico City legalized abortion in April.
"This year has been worrisome for people who believe life starts at conception," Luiz Bassuma, head of the anti-abortion caucus in Congress, said in a newspaper column.
Activists believe abortion will eventually be legalized as the church, while powerful, has lost political sway since the end of military rule in 1985 and the emergence of AIDS.
IGNORING DOCTRINE
Government policies already clash with church doctrine on family planning, science and AIDS.
The health ministry provides everything from free birth control pills to tubal ligations, and gives abortions in cases of rape or when a mother's life is in danger. Congress has approved stem cell research on frozen human embryos.
Some states allow gay civil unions. One federal prosecutor wants courts to deem gay marriage a constitutional right.
Moreover, officials hand out millions of free condoms each year to prevent AIDS, many at public schools, angering the church but drawing praise from the United Nations.
"The church lost the battle over AIDS policy," said Dr. Lago of Sao Paulo state. "Because it's a disease that kills, politicians were willing to face off with the church."
Catholics make up 74 percent of Brazil's 185 million people and their rates of abortion and contraceptive use mirror the broader populace, studies show.
"There's a huge gap between what Catholics think about reproductive health and the rules the church hierarchy defends," said Dulce Xavier of Catholics for Free Choice.
On such issues, the church looks increasingly out of touch.
"We cannot agree with condoms because they turn life into a life without responsibility," Cardinal Geraldo Majella, head of the National Bishops Council, said just before this year's Carnival celebrations, when the government gave out condoms.
Archbishop Angelo Amato last week called gay marriage evil, abortions terrorism, and their clinics slaughterhouses.
Church teachings on abstinence fall on deaf ears in Brazil, where love motels with names like Desire and Opium line the highways.
"If I told my patients to practice abstinence, everybody would laugh in my face," said Dr. Marta Campagnoni, who runs family planning classes at the Barra Funda health clinic.
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ITÁLIA: AGENZIA REUTERS
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PAPA DAL 9 MAGGIO IN BRASILE, CONFRONTO SULL'ABORTO
http://today.reuters.it/news/newsArticle.aspx?type=entertainmentNews&storyID=2007-05-02T103436Z_01_DIG235019_RTRIDST_0_OITLR-PAPA-BRASILE-PREVIEW.XML&ImageID=
Mercoledì, 2 maggio 2007
SAN PAOLO (Reuters) - Dal 9 maggio, giorno in cui comincia la sua visita in Brasile, Papa Benedetto XVI dovrà fare i conti con una questione aperta e dolente per la Chiesa, quella dell'aborto.
In realtà in Brasile, il più grande paese cattolico del mondo, l'interruzione volontaria di gravidanza è vietata, mentre è diffusa la pratica dell'aborto clandestino, che spesso porta a contrarre infezioni uterine e, in qualche caso, alla morte.
Il Pontefice si troverà di fronte a una sfida alla sua autorità: non solo per i comportamenti sessuali, ma anche per il modo in cui si considera l'aborto, dato che l'opinione pubblica sta cambiando.
I brasiliani tendono alla libertà sessuale: avere più partner è comune, la prostituzione è legale e anche il presidente dice che "a quasi tutti piace il sesso".
Molti non tengono in conto la dottrina della Chiesa sul controllo delle nascite e sull'aborto. Il governo distribuisce preservativi - contro l'opinione della Chiesa - per prevenire la diffusione dell'Aids. E i medici accusano le gerarchie cattoliche di attentare alla salute delle donne e di indebolire la lotta contro l'Aids.
"La Chiesa sta creando ostacoli", dice la dottoressa Tania Lago, che dirige il programma di salute femminile dello Stato di san Paolo.
Le brasiliane benestanti ricorrono a cliniche clandestine e sicure, ma le donne povere si procurano l'aborto assumendo un farmaco illegale, il misoprostol, che si compra per strada a San Paolo. L'uso eccessivo provoca perforazioni dell'utero. Altre donne invece si affidano a pozioni fatte in casa che contengono perossido, che provoca bruciature, o a rimedi improvvisati.
Per la dottoressa Ruth Loreto Sampaio de Oliveira, una ginecologa della clinica Centro de Saude Escola Barra Funda di San Paolo, questo è il timore peggiore: "Abbiamo avuto pazienti morte dopo aver fatto ricorso ad aborti rischiosi".
DIBATTITO APERTO
I sostenitori dell'aborto vogliono che il presidente Luiz Inacio Lula da Silva affronti la Chiesa sulla questione del diritto all'interruzione volontaria di gravidanza e sul controllo delle nascite, ora che è stato eletto per il secondo mandato e non potrà essere rieletto una terza volta.
I sondaggi indicano che i brasiliani direbbero no all'aborto, se il ministro della Salute del governo Lula sottoponesse la questione a referendum. Ma i leader del fronte anti-aborto affermano di essere preoccupati dagli sviluppi in corso in altri paesi cattolici: il Portogallo ha legalizzato l'aborto dopo un plebiscito a febbraio e il Messico ha preso la stessa decisione ad aprile.
Gli attivisti credono che l'aborto verrà legalizzato anche in Brasile, dato che la Chiesa, anche se resta forte, ha perso il suo peso politico nel paese, dopo la fine della dittatura militare nel 1985 e l'emergenza-Aids.
Le politiche del governo sulla pianificazione familiare, la scienza e l'Aids già di fatto si scontrano con la dottrina della Chiesa. Il Parlamento ha approvato la ricerca sulle cellule staminali provenienti da embrioni umani congelati. Alcuni Stati (il Brasile è una repubblica federale) consentono le unioni civili tra omosessuali. E si dibatte anche se i matrimoni gay sono un diritto costituzionale.
Le autorità distribuiscono milioni di preservativi gratis ogni anno per prevenire l'Aids, provocando l'irritazione della Chiesa.
"La Chiesa ha perso la battaglia sulla politica verso l'Aids", dice la dottoressa Lago. "Dato che è una malattia mortale, i politici hanno preferito opporsi alla Chiesa".
Il 74% dei 185 milioni di brasiliani sono cattolici e i tassi di aborto e contraccezione tra di loro rispecchiano quelli di tutta la popolazione, indicano vari studi.
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